MÃE!!!

MÃE!!!
Ela era uma Rosa

A vida não pára!

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...

http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w


















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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Jardim macabro

Míriam é o nome que aparece atrás. Assinatura de um quadro com um pássaro num ramo de flores. O primeiro quadro que ela pintou quando fazia aula de pintura em tela. Ela realizava um sonho que era meu; talvez por isso tenha desistido. O que me intriga é que fiz esse jardim numa hora em que eu estava aborrecida de tanto assistir a filmes e séries no computador e fazer crochê. Levantei-me e, olhando para o vaso de zamioculta semi destruído pela gata, com a casinha que havia sobra do um mini jardim também destruído por ela, peguei uns palitos de picolé e resolvi fazer as lápides. Isso foi antes da epidemia. Eu imaginei um cemitério enorme, imenso, a perder de vista. Mas eu imaginei isso como a cena de um filme, não como a realidade que atravessaríamos. Naquele dia eu não pensava em epidemia. O Covid 19 era só um vírus que aparecera do outro lado do mundo e a notícia de que ele já chegara aqui ainda não havia me atingido. Era só um jardinzinho meio macabro. Não era uma premonição, mas se tornou. Hoje temos um cemitério imenso, enorme, a perder de vista, de corpos que foram o amor de alguém, de mães, pais, maridos, esposas e filhos e irmãos. Um cemitério de um povo que não soube escolher seu líder. Um cemitério de um povo que não tem ideia de coletivo. Meu jardim vai ficar assim até a zamioculca brotar e tomar conta do vaso. Mas o impacto do jardim macabro nunca mais se apagará da nossa memória.

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