MÃE!!!

MÃE!!!
Ela era uma Rosa

A vida não pára!

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...

http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w


















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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Balança, vento.

Não me lembro de que livro é. Talvez seja "Saudades", de Tales Castanho de Andrade. Um dos primeiros livros que me deixou triste. "balança, vento, balança, joga pitangas no chão. faz que nem minha esperança nos balanços da ilusão". Desde criança achei esses versos tristes. Hoje minha esperança balança num galho frágil, que ameaça se arrebentar a cada vento mais forte. Procuro me aproximar de uma amiga que eu sempre julguei fosse o ânimo da minha vida, e ela me confessa que não tem todo o ânimo que eu sempre acreditei que tivesse. Eu pergunto: o que será da minha esperança, num balanço em galho tão frágil? Preciso da companhia de alguém que tenha ânimo além do meu. Como minha irmã tinha. Prá tudo. Sempre disposta. Sempre pronta a arriscar. Sempre pronta a me fazer acreditar que as coisas poderiam, sim, dar certo. Sempre com uma solução onde todos punham problemas. Eu tento ser assim, mas não tenho a alma dela. Isso dói, porque encontrar alguém como ela é cada vez mais difícil. Encontrei uma vez, mas ela morreu numa explosão do helicóptero, e eu nunca pude esquecer a frase: "você vai se lembrar de mim cada vez que pisar num helicóptero". E assim foi. Ela, a pessoa que eu encontrei mais parecida com a minha irmã se foi numa manhã de domingo, trabalhando, porque era uma lutadora. Voava 24 horas por dia, 7 dias por semana. A alma mais generosa que conheci. E que me dava ânimo, porque acreditava que as coisas podiam ser melhores. Hoje, em meio à pandemia, eu vivo num país sem governo. Ou, pior ainda, num país com um governo genocida. Não tenho ânimo e meus amigos estão todos deprimidos. A nossa esperança está acabando. E o vento balança vigoroso, jogando as pitangas no chão... logo minha esperança cairá também. E não haverá nem Zi e nem Jô para levantá-la. O que será de nós, em tempos tão sombrios? Pior que uma guerra, pois o inimigo é invisível. Pior que terrorismo, porque este tem um culpado. E quando o culpado é o líder político do seu país? A quem pedir ajuda?

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