MÃE!!!

MÃE!!!
Ela era uma Rosa

A vida não pára!

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...

http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w


















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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Amy

Hoje recebi a notícia que esse meu bebê, com 15 anos e 9 meses, tem um problema na traqueia. Um estreitamento, que faz com que ela tussa e receba pouco oxigênio. Os pulmões já estão sentindo. Pela idade dela, talvez o cardiologista não aconselhe a cirurgia, único tratamento para a traqueia. E eu sofro. Minha companheira, meu amor, minha companhia de todas as horas, a que sente a minha falta, uiva, chora se eu demoro e me segue pela casa toda. Quando pequenina, viajava ao redor do meu pescoço. Pretinha, mimada, amada. Muito amada. Eu sofro quando olho para ela e vejo sua dificuldade para respirar. A barriga movimentando-se rapidamente, esforçando-se para se encher de ar. Não sei o que fazer. Não quero o que eu sei que vai acontecer. Não quero perdê-la. Ela é a lembrança de meus filhos pequenos, de todos os meus filhos morando na minha casa, de tudo tumultuado, do monza azul cheio de criança passeando por uma cidade do interior e uma cachorrinha no vidro, saboreando o vento. Ela é a lembrança do frio da copa do mundo de 2014, quando eu chegava do trabalho mais cedo e nos deitávamos juntas, sob a mesma coberta, e dormíamos enquanto o povo assistia ao jogo. Nós não nos importávamos com o jogo. Uma bastava à outra. Ela é a coisa mais fofa, mais amorosa e mais ciumenta que existe em minha vida. Eu tenho a plena certeza de ser amada por ela num amor incondicional, que a faz escolher a mim a qualquer outra pessoa ou atividade. Ela fica comigo se eu ficar, e vai se eu for. Não posso pedir mais de ninguém. Ela me dá tudo o que ela é. Tudo o que ela pode ser. E eu sofro.