MÃE!!!

Ela era uma Rosa
A vida não pára!
Paciência
Lenine
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...
Páginas
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Briga de família
A gente deixa de viver alguns aspectos da vida q depois de um tempo vão fazer muuuuuuuuuuuita falta.
Assim foi com a minha mãe.
Alguns membros da família, por idiotice pura, não a visitavam.
Não é não a visitavam com frequência.
Não, simplesmente não a visitavam ponto.
Ela ficava sozinha as vezes a semana inteira. Eu, trabalhando muito e estudando à noite, aos sábados estava morta, nem queria ver a luz do sol. Aos domingos, cozinhava algo prá semana e limpava a casa.
Minha mãe vinha à minha casa de táxi, pois há muito já não aguentava a "pernada" morro acima, no calor q faz na minha cidade.
Ela vinha, desculpava-se por incomodar e desculpava-se também por não mais poder passar a roupa prá mim.
Eu não queria isso.
Prá mim, bastava q ela se lembrasse de vir me ver, enfrentasse todas as suas dificuldades por mim e aqui permanecesse, mesmo q não nos falássemos tanto. (Ela já não ouvia há uns 13 anos)...
Eu passava a roupa, ela recostava-se no sofá e ficava vendo algum jogo de futebol.
Ela não conheceu dois de seus bisnetos.
Mas uma meninazinha adorável, q nem bisneta era, mas irmã dos bisnetos, vinha vê-la, abraçava e beijava-a muito mais q os netos o faziam.
E como se entendiam, essas duas! Minha mãe e Victória.
No último dia da minha mãe, um feriado municipal, eu mostrei algumas fotos a ela, mas ela já não tinha nenhum interesse.
Talvez já estivesse se desligando, como alguém q vai viajar e sabe não haver mais tempo prá miudezas.
Ela nem se lembrava da existência de todos da família.
Em seu sepultamento, veio gente q há ano e meio não a visitava.
Não os critico.
O remorso e a dor hão de segui-los até o fim da vida.
Ela não viu suas lágrimas. Não ganhou o último presente. Não conheceu os bisnetos.
Mas mãe, essa gente toda vai remoer a culpa até os últimos dias, mesmo q vc não queira assim.
E eu vou achar q a justiça foi feita.
Paciência.
Todos nós devemos ser capazes de aguentar as consequências de nossos atos.
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