Sábado de manhã

Sábado de manhã. De Aleluia, então não houve aula de vagonite.
Pena.
Eu trabalhei no sítio até às 14h30, depois almocei e desliguei do mundo. Não muito, pois estou aqui.
Escrevendo e sentindo saudades, estas são eternas.
Preciso pintar o cabelo, hidratá-lo (já aprendi q as receitas de hidratação das revistas e manuais não dão certo pro meu cabelo, então sigo meu instinto...), desencardir meus pés da terra vermelha do sítio q entra pela bota e pela meia, dar uma ajeitada nas minhas unhas e... sábado à noite.
Saudade mais forte, uma tristeza imensa, uma nostalgia, uma pequena crise de pânico sem nexo, uma volta de carro, a tentativa de começar um novo livro, uns pontos de crochê no tapete dupla face (lindo, super fácil de fazer...) e hora de dormir.
Segunda feira vou trabalhar.
Lógico, como não seguir o padrão?
E lá vamos nós, outro ano, outra semana, q não creio em rotinas.
Mas hoje ainda é sábado de Aleluia e será a primeira Páscoa sem a minha mãe.
Hoje de manhã fui ao cemitério com meu irmão.
Amanhã seria o aniversário dos gêmeos da minha mãe.
Meu irmão está aqui, e a gêmea dele está com a minha mãe.
Ele sofre muito mais q eu quando falamos dela, tenta esconder as lágrimas mas eu sei o q se passa.
E meu pai também está lá.
Mas já houve Páscoas sem meu pai e sem minha irmã.
Sem a minha mãe é a primeira.
Não tem graça.
Se vc ainda tem a sua mãe, não desperdice nenhum minuto ao lado dela.
Seja sempre gentil, porque vc nunca sabe se será a última vez...
Beijos a quem amo.