MÃE!!!

MÃE!!!
Ela era uma Rosa

A vida não pára!

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...

http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w


















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sábado, 1 de dezembro de 2012

Doce de Cidra


DOCE DE CIDRA - Mococa e Paraíso.

"Quem não conhece um docinho bem caseiro
Que hoje enfeita os tabuleiros das festas do interior
É tão verdinho que o olhar da gente vidra
Chama-se doce de cidra com um pouquinho de amargor

E o amarguinho que ele tem é inofensivo
Não é doce enjoativo, é gostoso de comer
Mas, para mim,doce de cidra é um veneno
Apesar dele pequeno fez tão grande o meu sofrer"

Era o doce do qual minha mãe mais gostava.
Difícil de encontrar, não era sempre que ela conseguia.
Então, depois de tempos, quando era possível encontrá-lo em mercados, dentro de vidros, ela já não podia comê-lo.

Tinha desenvolvido diabete por choque emocional, segundo os médicos.
Na época eu não acreditei nela, achei que estava querendo fazer alguma chantagem comigo.

Depois descobri que sim, podia ser adquirida assim.

E hoje, quando vejo doce de cidra, prá mim ele é um veneno, porque ela não pode comê-lo na quantidade em que quis.

"A historia eu vou contar tudo acontece
Me lembro,eu assistia a um leilão
Na vila era dia de quermesse
Festa tradicional do meu sertão

Juntinho do palanque, uma doceira
Cabocla mais bonita que eu já vi
Seus olhos eram verdes qual o doce
Confesso que até me confundi

A festa se acabou e ela foi embora
Os olhos cor de cidra alguém levou
E quando vejo doce de cidra em tabuleiro
Sinto tanto desespero do amargo que ficou"

Na minha cidade todo ano tem quermesse, e ela amava.
No último ano em que ela foi, fazia um frio desesperador, com vento, que eu odeio. Fomos embora logo, só nós três: ela, meu marido e eu.
A festa nem acabou e fomos embora, "ano que vem tem mais", eu disse.
E no outro ano ela já se tinha ido, e nunca, nunca mais, ela vai comer churrasco, pastel e doce na quermesse...

Mãe, que saudade de você...

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