MÃE!!!

MÃE!!!
Ela era uma Rosa

A vida não pára!

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...

http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w


















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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A gaveta da minha mãe

Hoje, meu último dia de férias, fui desocupar o armário da minha mãe.
Havia uma gaveta somente com fac-similes recebidos dos filhos e netos.
"Feliz dia das mães. A gente não foi porque está cansada, não dá prá fazer uma viagem dessa num dia e voltar no outro. Logo a gente vai." "Feliz Natal. Nesse ano não vamos, mas no próximo estaremos aí. Se cuida, tá?" "Feliz aniversário! Não pudemos ir, mas queremos q vc coma o nosso pedaço de bolo. No próximo ano iremos, tá bom?" "Feliz aniversário (dois anos depois). Não pudemos ir, o bebê nasceu, mas logo a gente vai." "Feliz dia das mães. A gente não pode ir de novo, porque... a tia do amigo da vizinha da minha sogra está gripada, e a gente vai lá fazer uma visitinha." "Feliz Natal. Vai ficar por aí? Nós vamos pra Bahia, mas logo voltaremos. Se cuida." "Feliz aniversário. O vô do panda do zoo de Varginha está com dor de barriga, então não vamos."
Assim foi a vida dela.
E ela sempre a esperar.
Eu às vezes me ofendia, porque nunca havia algo prá mim. Espere. Espere. Até q meu tempo passou. Eu também me fui, cansei de esperar. Ela ficou sozinha, porque eu também havia desistido de retira la do ponto de espera. Vieram poucas vezes. Depois q meu pai morreu, aumentaram as visitas, mas nunca no ritmo em q ela queria ou esperava. Até q ela acreditou q viriam ao menos uma vez por mês.
Contava os dias, a minha mãe.
Sabia direitinho quantos dias faltavam pra suposta visita.
E fazia mil preparativos, cada vez menos com o passar dos dias.
Os olhos brilhavam ainda, nos últimos dias.
Olhos claros, meio verdes, meio azeitonados, mas brilhantes.
Olhos lindos, os da minha mãe.
Inocentes e profundos.
Prá quem passou tantas dificuldades, trabalhou desde os oito anos, venceu na vida, foi professora, criou filhos, escreveu e ouviu estrelas, os olhos ainda brilhavam bastante.

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